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Indústria quer investir mais e contratar menos em 2013, diz FGV

Indústria quer investir mais e contratar menos em 2013, diz FGV

Jornal Valor Econômico/BR

 

 

SÃO PAULO - Maior número de empresas do setor industrial quer aumentar os investimentos em 2013, mas caiu a parcela daquelas que pretendem aumentar o número de empregados, segundo mostrou nesta quinta-feira a Sondagem de Investimentos realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) no bimestre outubro-novembro.

“Apesar do fraco desempenho recente do setor industrial e das incertezas em relação à economia mundial, as previsões para 2013 não podem ser qualificadas como pessimistas. Para o emprego, no entanto, as previsões são menos favoráveis”, diz a FGV no relatório em que divulgou a pesquisa.

De acordo com a Sondagem, 50% das empresas pesquisadas querem aumentar os aportes em capital fixo em 2013, enquanto 15% preveem redução nos investimentos. Na mesma época em 2011, quando questionadas sobre suas intenções para 2012, a parcela das que pretendiam aumentar os aportes era a mesma, mas apenas 43% realizaram essa previsão. Naquela ocasião, 17% disseram que diminuíram os investimentos, mas o resultado foi pior: 28% reduziram os aportes.

A FGV observa o resultado alcançado em 2012 mostra piora do ambiente dos negócios na comparação com 2011, quando 54% aumentaram e 20% diminuíram os investimentos.

Entre as empresas que preveem investir mais em 2013, a faixa mais citada foi a de crescimento entre 5,1% e 10%, apontada por 32% das empresas (36% para 2012). Crescimento superior a 20% nos investimentos foi projetado por 26% das empresas (20% para 2012); evolução positiva entre 10,1% e 20% foi prevista também por 26% dos informantes (24% para 2012). Elevação dos aportes entre 0,1% e 5% foi citada por 16% das empresas (ante 20% para 2012).

 

Mão de obra

As expectativas para contratações pela indústria em 2013 tornaram-se menos favoráveis em comparação com as previsões feitas no bimestre outubro-novembro do ano passado para este ano: a parcela de empresas pretendendo contratar diminuiu de 36% para 32% e as que programam demissões aumentou de 10% para 12%.

Ao comparar as previsões para este ano com o que de fato ocorreu, houve piora do mercado de trabalho no setor industrial. Embora o percentual de empresas que contrataram tenha ficado próximo do projetado (37%), a parcela das que demitiram superou de longe a estimativa inicial (23%).

Em 2011, 43% das empresas contrataram, 15% demitiram.

 

Faturamento

Quanto ao faturamento, 54% das empresas apontaram crescimento das vendas reais em 2012, ante 62% em 2011; 24% reportaram redução do faturamento, ante 15% no ano passado.

Mas as previsões para o faturamento em 2013 são mais favoráveis do que as feitas no ano passado para 2012. A parcela de empresas que preveem crescimento real das vendas (descontada a inflação) passou de 69% em 2012, para 71% em 2013. A proporção de empresas que projetam diminuição do faturamento no ano seguinte passou de 8% para 6%.

Entre as empresas que projetam aumento do faturamento, 44% acreditam numa taxa de crescimento na faixa entre 5,1 e 10%, com 42% no ano passado. Em seguida, vem a faixa de crescimento entre 10,1 e 20%, projetada por 28% das empresas, contra 29% em 2012. Crescimento entre 0,1% e 5% foi previsto por 17% das empresas (23% em 2012); e 11% projetam crescer mais de 20% (6% em 2012).

Para a edição do bimestre outubro-novembro de 2012 da Sondagem de Investimentos da FGV foram consultadas 936 empresas, responsáveis por vendas de R$ 561 bilhões.